Marcos Azambuja deixa legado na diplomacia e no pensamento crítico brasileiro
Compartilhar
Embaixador participou do Conselho Curador da Fundação Roberto Marinho por 19 anos
O embaixador Marcos Azambuja faleceu aos 90 anos nesta quarta-feira (28), no Rio de Janeiro. Diplomata de carreira, ele exerceu funções de destaque na política externa brasileira e contribuiu de forma significativa para o pensamento estratégico do país.
Azambuja integrou o conselho curador da Fundação Roberto Marinho por 19 anos, entre 2004 e 2023, período em que colaborou ativamente com projetos voltados à educação e à cultura.
Durante sua trajetória diplomática, serviu em importantes postos no exterior, como na Missão do Brasil em Nova York (1959–1963), nas embaixadas do México (1963–1966), de Londres (1969–1972) e de Buenos Aires (1972–1973). Foi promovido a Ministro de Primeira Classe em 1978.
Entre outros cargos de relevância, chefiou a Delegação do Brasil para Assuntos de Desarmamento e Direitos Humanos em Genebra (1989–1990), além de comandar as embaixadas do Brasil na Argentina (1992–1997) e na França (1997–2003). No Itamaraty, exerceu ainda a função de Secretário-Geral (1990–1992), o segundo posto mais alto da diplomacia brasileira.
Intelectual respeitado, Marcos Azambuja conciliou a diplomacia com uma intensa atuação como escritor e acadêmico. É autor e coautor de diversas obras, entre elas “Brasil tem medo do mundo? Ou o mundo tem medo do Brasil?”, publicada em 2021.
Foi membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI).
A Fundação Roberto Marinho agradece a dedicação e as contribuições de Marcos Azambuja ao longo de quase duas décadas. Seu legado na política internacional, na educação e no pensamento diplomático brasileiro permanecerá vivo na história do país.