No ar: 911 videoaulas das disciplinas do Ensino Médio baseadas na BNCC
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Mais de 900 videoaulas já estão disponíveis na internet para professores e estudantes
A partir deste mês, 911 novas videoaulas do Ensino Médio estão disponíveis no YouTube e na programação do Canal Futura na TV. O objetivo é apoiar as redes pública e privada que precisaram se adaptar para o ensino híbrido no último ano. Estudantes e professores já podem acessar todo o conteúdo aqui ou assistir a três aulas de três disciplinas diferentes de segunda a sexta-feira, das 18h às 19h15 na televisão.
São quase 1.000 horas inéditas que se juntam às 638 videoaulas voltadas às disciplinas do Ensino Fundamental 2 (do 6º ao 9º ano) liberadas em 2020. No total, o Canal Futura disponibiliza mais de 1.500 videoaulas que seguem as diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
“O lançamento faz parte de um conjunto de esforços da Fundação Roberto Marinho para disponibilizar soluções educacionais que apoiem os estudantes e os professores, especialmente no cenário da pandemia, que agravou os desafios da Educação no país, com aumento da desigualdade educacional, defasagem de aprendizagem, baixa conectividade, entre outras questões”, analisa Wilson Risolia, secretário-geral da Fundação Roberto Marinho.

A proposta é que o conteúdo apresentado pelas videoaulas do Ensino Médio seja complementar à sala de aula e ajude a aproximar a relação estudante-professor durante o atual cenário educacional. Desde 2020, as instituições escolares tiveram que adotar o ensino remoto ou híbrido por medidas de segurança contra a Covid-19, cuja média de casos ainda bate recordes no país.
Como um produto com uma duração pequena, o educador pode usar as videoaulas como uma lembrança de um assunto ou para um conteúdo que está sendo apresentado pela primeira vez
explica Marcio Motokane, líder de projetos da Fundação Roberto Marinho e diretor das videoaulas.
O projeto de produzir esse acervo pedagógico como solução educativa é anterior à pandemia: “A gente se inspirou na atmosfera desses jovens para montar o formato de videoaula. Cada uma compreende uma narrativa de peças entre 10 a 15 minutos com uma duração inspirada no que o aluno se identifica hoje no seu dia-a-dia quando vê um conteúdo na internet. Imagina que esses alunos buscam suas reflexões, seu entretenimento e conteúdo de forma geral no próprio YouTube, então é essa uma das janelas”, diz o diretor.

O formato não só deu certo, como as videoaulas se tornaram ferramentas para estudantes e professores de diversos estados do Brasil trabalharem conteúdos curriculares durante o isolamento provocado pela pandemia a partir de março de 2020, e que dura até hoje em muitas instituições. As aulas do Ensino Fundamental, que foram ao ar no fim do 1º trimestre de 2020, já tiveram mais de 5,8 milhões de visualizações só no YouTube.
“Essas ações têm como objetivo principal apoiar os professores com acesso gratuito a esses conteúdos de aula que são customizáveis para não deixar nenhum professor, aluno ou pessoa que se identifique com a educação pra trás”, afirma Motokane.

Disciplinas e professores
Na série do Ensino Fundamental, cada matéria era apresentada por um professor. Já na nova etapa do projeto, com as videoaulas do Ensino Médio, 22 professores dividiram as 15 disciplinas com o objetivo de formar um corpo docente mais diverso.
“A gente viu uma necessidade de diálogos, de identificação, de diversidade máxima considerando os sotaques brasileiros, ter professores e professoras. Matemática, que é uma disciplina muito acessada, a gente tem 3 professores: uma professora de SP, um de Belém, um de Manaus. Isso cria um ambiente em que cada aluno, cada professor possa se identificar com a sua realidade”, conta o diretor. Antes de preparar as aulas que seriam gravadas, todos os professores participaram de um laboratório de roteiro audiovisual.

Márcio Motokane destaca o ritmo das aulas de redação: “O professor tinha habilidade de conseguir ser sucinto diante da imagem que ele tinha ali (na lousa de giz), em um discurso não necessariamente verborrágico”.
Já nas videoaulas de História, é a organização pedagógica que chama atenção: “A gente tem um professor que trabalha mais assuntos específicos que estamos acostumados a estudar na escola e uma professora que vem muito atualizada à BNCC com a orientação pedagógica em que ela traz mais assuntos do dia a dia como lugar de fala, o papel da mulher diante da história ou questionando caminhos da história para mostrar uma reflexão dessa realidade e ponto de vista de cada um”.
O mesmo acontece nos conteúdos de Física. Enquanto um professor trabalhou a matéria de forma mais conceitual, o outro mesclou a teoria aos famosos -e temidos pelos alunos- cálculos.

Desafios de gravações
As videoaulas voltadas para o Ensino Médio foram produzidas durante a pandemia do Covid-19 em parceria com a produtora Ponto2. Para viabilizar gravações seguras para os envolvidos, além de seguir todos os protocolos da OMS, a produção in loco era a mínima possível e até o diretor do projeto trabalhava remotamente. “Eu ficava aqui no Rio de Janeiro e eles em São Paulo. A gente aprendeu não só conteúdos diferentes sobre as diversas áreas do conhecimento, quanto novas práticas de produção audiovisual”, contou Motokane.

Ensino durante a pandemia de Covid-19
Com aulas suspensas desde março de 2020 na maioria das redes de ensino, e dificuldades de acesso ao ensino remoto para muitos brasileiros – em especial os em situação de maior vulnerabilidade -, o abandono escolar segue como um dos principais fantasmas da educação brasileira.
Com o aumento de casos e mortes por Covid nas últimas semanas, a volta às aulas presenciais ainda é uma dúvida em muitas escolas. O ensino totalmente remoto ou híbrido ainda são as alternativas mais adotadas por redes públicas e privadas.
Os danos decorrentes da falta de aulas presenciais podem ser ainda maiores para os estudantes socialmente vulneráveis. Para 80% dos pais e responsáveis, eles correm o risco de ficar para trás por terem mais dificuldades para estudar em casa. A taxa dos que temem que seus filhos desistam da escola chegou a 35%. A diminuição da renda familiar é outro ponto de atenção: na pandemia a renda diminuiu para 47% dos entrevistados.
A motivação é um fator crítico para o engajamento e observa-se um processo de desmotivação desde maio de 2020, quando ocorreu a primeira edição da série de cinco pesquisas realizadas até agora pelo Datafolha. Enquanto em maio 46% dos estudantes estavam desmotivados, em novembro o percentual foi de 55%.
Soluções gratuitas
Nesse cenário, iniciativas como as videoaulas são importantes ferramentas para aproximar o estudante da escola e tornar o ensino remoto mais dinâmico. A série de aulas do Ensino Médio Fundamental feitas em formato de internet produzida pelo Canal Futura faz parte de um projeto amplo da Fundação Roberto Marinho para dar suporte ao ensino público durante a pandemia e contribuir para uma educação de qualidade.
O projeto se divide em seis frentes, com conteúdos e serviços educacionais gratuitos em suas plataformas e uma rede de cooperação que inclui educadores, secretarias de Educação e instituições do Terceiro Setor. Veja as outras iniciativas:
1- Distribuição de conteúdo em apoio ao ensino remoto
- Faixa de programação Vamos Aprender, no Futura, com conteúdo educativo segmentado por ciclos de ensino, desde a Educação Infantil até o Ensino Médio. A iniciativa, parceria entre CONSED, UNDIME e instituições da área de Educação, cede conteúdo para mais de 50 secretarias estaduais e municipais de Educação como apoio ao ensino remoto.
- Soluções da FRM disponíveis na plataforma Aprendendo Sempre, iniciativa com 20 instituições, que mapeia ferramentas gratuitas para professores, gestores e famílias. Essas aulas online são muito importantes e apoiam os estudantes.
2- Criação e implementação de serviços educacionais
- Entre abril e dezembro de 2020, mais de 4.300 alunos foram atendidos por mês em aulas online gratuitas, preparadas por professores da Escola da Fundação Roberto Marinho, no projeto Classes Abertas.
3- Lançamento de novas metodologias e produtos
- Mais de 900 aulas para download de professores – Parceria da Fundação com o Google for Education disponibiliza, para professores, parte do acervo pedagógico da Fundação. São mais de 900 aulas de Ensino Fundamental 2 e Ensino Médio, divididas por disciplinas, que podem ser baixadas gratuitamente e utilizadas pelos professores em suas aulas no Google Classroom
- Cursos Online para formação de professores, que já atendeu mais de 1.600 participantes, com temas como Educação, Cidadania, Meio Ambiente e Ciência e Tecnologia
- Game educativo CDF (Clube Desafio Futura) com conteúdo customizável: os professores podem criar ambientes no aplicativo, juntamente com seus estudantes, trabalhando o conteúdo com técnicas da gameficação. O app é gratuito
- Guia de Produção Audiovisual para educadores, auxiliando na utilização da tecnologia como recurso pedagógico
- Podcasts: serviços educacionais via streaming sobre educação, empreendedorismo, juventudes e inovação, nas séries Chão de Escola, Negócio que eu Quero, PodTech, Ela Faz Assim e Qual vai ser?
4- Apoio no retorno às aulas presenciais
- Matrizes Curriculares para aceleração da aprendizagem no Ensino Fundamental II e Ensino Médio, a partir da BNCC, com download gratuito: As matrizes trazem um conjunto de habilidades a serem desenvolvidas pelos estudantes, os objetivos de aprendizagem a cada etapa escolar e sugestões de práticas para os educadores, com foco na aceleração escolar e Educação de Jovens e Adultos
- Formação de professores e técnicos educacionais com foco em avaliação, gestão pedagógica e práticas de ensino e aprendizagem para a “volta às aulas”
5- Apoio às famílias no isolamento social
- QR Codes na tela do Futura: curadoria interativa leva conteúdo educacional complementar.
- Projeto Telas Abertas: implementado em 2020, levou comunicação instantânea via celular (Whatsapp) com informações sobre pandemia, estudos e rotina doméstica. O projeto foi desenvolvido em parceria com o Instituto Votorantim.
6- Produção de evidências para subsidiar políticas públicas e projetos sociais
- Plataforma Juventudes, Educação e Trabalho reúne e analisa dados sobre esses três temas, segmentados por estados e por municípios, possibilitando um amplo diagnóstico dos desafios do país. Acesso gratuito em www.pjet.frm.org.br
- Pesquisas como “Juventudes e a Pandemia do Coronavírus”; “Consequências da violação do direito à educação“ e “Juventudes, Educação e Projeto de Vida” traçam panorama da Educação no país.
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