Ensinar aos jovens sobre a temática ambiental é uma forma de investir em mudanças

Um dos principais temas discutidos na 13ª Bienal da UNE (União Nacional dos Estudantes) foi o envolvimento de jovens e estudantes na proteção do meio ambiente. A evento reuniu movimentos sociais e estudantis, lideranças políticas e personalidades para debater perspectivas sustentáveis e proteção dos biomas brasileiros.

Tel Guajajara, diretor de cultura da UNE, chamou a atenção para necessidade de pensar ações ambientais potencializadoras para 2023. Parte dessas ações é tornar a agenda climática estudantil uma pauta nacional. Ele também salientou que é preciso criar uma cultura de cuidado com o meio ambiente.

“Essas ações que a gente vai fazer, espera-se que se faça em 2023, são ações que vão mudar vidas, porque tudo é cultura. Uma cultura não acontece de um dia para a noite. É um trabalho contínuo, um progresso que não pode ser deixado de mão. A gente está fazendo com que isso aconteça. Denunciando, mas também apresentando saídas de perspectivas, porque é disso que precisamos também. Apresentar saídas objetivas e agir na responsabilidade, a partir da nossa entidade”, disse Tel.

Para o estudante Karlos André, integrante da União Juventude Socialista (UJS), é importante que as juventudes tenham conhecimento sobre a temática ambiental para que haja mudanças e implementação de novas políticas de proteção.

“Os jovens podem mudar o futuro do ambiente começando pelo mais básico, ter conhecimento do que é o ambiente. Após adquirir o conhecimento, tendo um projeto, botar esse projeto em dia. Às vezes o jovem tenta falar, mas o adulto que está lá, ministrando, não escuta. Por isso é importante ter no poder pessoas com bastante conhecimento ambiental para poder ajudar esses jovens que querem fazer mudança. Ninguém quer olhar para o jovem, ninguém acredita no jovem, mas é o jovem que vai mudar o Brasil”, afirmou o estudante alagoano.

Educação e meio ambiente

Em uma conversa com a equipe do Canal Futura, a ministra do Meio Ambiente, Marina da Silva, falou sobre investir em um projeto de uma educação ambiental interdisciplinar.

“Em todas as disciplinas está presente a possibilidade de uma boa educação ambiental. A melhor educação ambiental que a gente pode fazer é levando para nossos alunos as mudanças que estão acontecendo no nosso ecossistema”.

A ministra acrescentou que uma forma de educar é mostrar aos alunos que eles fazem parte do meio ambiente.

“Quando a gente leva esse sentido da vida como interdependência das outras formas de existência no mundo, a gente está educando organicamente as pessoas para uma relação melhor, consigo mesmo, com as outras pessoas e com a natureza”, ressaltou a ministra.